O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou nesta quinta-feira, 3, o pedido de habeas corpus ao ex-secretário de Obras de Patrocínio, Jorge Moreira Marra. Ele é assassino confesso do ex-presidente da Câmara daquela cidade, Cássio Remis. O crime ocorreu em 24/09/20.
A justiça concordou com a defesa de Cássio Remis, que alega que a prisão deve permanecer como garantia da ordem pública e paz social. Agora a defesa de Jorge Marra deverá recorrer pela liberdade ao Superior Tribunal de Justiça.
Relembre o caso
O crime aconteceu após Cássio Remis fazer uma live para mostrar uma obra que funcionários da prefeitura realizavam em uma casa. Ele afirmou que o serviço estava sendo usado de modo particular em um imóvel que seria o comitê de campanha do atual prefeito. Nas imagens é possível ver Jorge saindo de um carro, Cássio avisa no vídeo que o secretário foi até o local para agredi-lo. O suspeito pega o celular da mão do candidato a vereador e a live é encerrada.
De acordo com a apuração, Jorge teria voltado para o carro em posse do celular da vítima e seguido para o Secretaria de Obras. A vítima foi atrás para tentar pegar o aparelho de volta. Na porta do prédio, os dois discutiram, momento em que o suspeito pegou um revólver. Cássio tentou fugir, mas foi baleado
Jorge Moreira Marra foi preso 23 dias após matar a vítima com seis tiros. O réu se entregou três dias depois, no dia 27 de setembro de 2020, após negociações com a Policia Civil. Ele prestou o primeiro depoimento durante três horas, e alegou legítima defesa. O ex-secretário de obras está preso na penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares desde o dia 16 de outubro. Ou seja 23 dias depois do crime.
Jorge Marra era secretário de obras, mas foi exonerado do cargo pelo irmão, o prefeito Deiró Moreira Marra.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Renato Mendonça, ele pode responder pelo roubo do celular da vítima, porte ilegal de arma de fogo e homicídio.