(Imagem: Ricardo Stuckert)

Há exatos quatro meses, o sonho olímpico finalmente se tornou realidade para a Seleção Brasileira. No Rio de Janeiro, com o Maracanã como palco, o Brasil conquistou a sua primeira medalha de ouro no futebol masculino ao derrotar a Alemanha nos pênaltis. O título foi a cereja no bolo de um trabalho comandado com maestria pelo técnico Rogério Micale ao longo do ano.

A conquista veio de forma invicta, e passou por Brasília, Salvador, São Paulo e, enfim, o Rio. Tudo começou na capital federal, mas não foi da forma ideal. O Brasil empatou em 0 a 0 com África do Sul e Iraque. O técnico Micale, porém, ciente da qualidade do grupo e do trabalho, sempre frisou que mais importante era como o Brasil terminaria a competição.

E o tempo mostrou que ele estava com a razão. Na partida seguinte, diante da Dinamarca, o Brasil deslanchou e aplicou uma goleada por 4 a 0 na Arena Fonte Nova, em Salvador. O resultado garantiu a classificação da Seleção para a segunda fase da competição, onde tivemos pela frente uma velha conhecida: a Colômbia.

Em um jogo pegado, o Brasil mostrou como se faz com a bola nos pés. Em uma cobrança de falta, Neymar inaugurou o marcador e anotou seu primeiro gol na competição. O placar foi completado com um golaço de Luan, que ganhou a vaga entre os titulares durante os Jogos Olímpicos. 2 a 0 para o Brasil e vaga nas semifinais assegurada.

Nas semis, contra Honduras, a Seleção finalmente estreou no Maracanã nas Olimpíadas. E, com a força da torcida brasileira, o adversário não conseguiu impor muita resistência ao Brasil, que precisou de menos de 15 segundos de jogo para abrir o placar, com Neymar. No restante da partida, a Seleção transformou sua superioridade em gols, e saiu de campo com uma goleada por 6 a 0. Neymar ainda marcou mais um, em cobrança de pênalti. Gabriel Jesus (2), Marquinhos e Luan completaram a goleada.

Na grande final, contra a Alemanha, a emoção tomou conta do Maracanã. Nome da competição, Neymar abriu o placar com um golaço de falta. Meyer empatou para os alemães na segunda etapa, e a partida se encaminhou para a prorrogação. Com a manutenção do empate, o ouro olímpico foi decidido nos pênaltis.

Tanto Brasil quanto Alemanha foram impecáveis nas primeiras quatro cobranças. Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha e Luan converteram as cobranças para a Seleção. Mas, no quinto pênalti alemão, brilhou a estrela do goleiro Weverton. O acreano acertou o canto e espalmou a cobrança de Petersen. Com a chance do título na marca da cal, Neymar não desperdiçou. Bola de um lado, goleiro do outro, e medalha de ouro no peito dos brasileiros.

 

Um título conquistado com muito suor, talento e trabalho, dentro e fora das quatro linhas. Por isso, é importante valorizar quem, mesmo sem receber a medalha, contribuiu para este resultado. Foram muitos profissionais de diferentes áreas a serviço da Seleção Olímpica, que possibilitaram o ouro.

Entre eles, o mérito também precisa ser dividido pelo trabalho intenso da comissão técnica da Seleção Olímpica. Comandada por Erasmo Damiani e Rogério Micale, coordenador e técnico, respectivamente, a equipe fez um trabalho que merece muito crédito pelo ouro olímpico. Micale, inclusive, foi lembrado na Cerimônia de Encerramento do Brasileirão 2016, e recebeu uma medalha comemorativa pela conquista no Rio de Janeiro. E não foi só Micale: os jogadores na pré-lista para as Olimpíadas também foram homenageados ao longo do ano.

Mas o trabalho não para. Comandando a Seleção Sub-20, Micale já deu início ao projeto para Tóquio 2020, que tem como pontapé inicial a disputa do Sul-Americano da categoria, em janeiro do ano que vem. Os treinamentos na Granja Comary já começaram, e a sede pelo ouro continua.

 

Portal Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *