A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes, por meio da Delegacia Regional, e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da promotora de Justiça Bárbara Francine Prette Nunes, deflagraram hoje,16, a Operação Voto de Cabresto, visando combater grupo criminoso responsável por inúmeros ilícitos eleitorais.
Durante as investigações foi possível apurar que o grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes ao cargo de prefeito.
Durante as diligências investigativas foi também revelado que o vice-prefeito de Perdizes e seus apoiadores forneciam materiais de construção como tijolos, cimento, areia, telhas e portas, para eleitores, em troca de voto.
Durante a operação c por utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações.
Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes, sendo recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, as quais comprovadamente deturpavam o sistema eleitoral e o livre exercício do voto.
Buscas foram feitas também na Prefeitura Municipal e na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais.
Participaram da operação Voto de Cabresto mais de 20 policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Uberaba e 18 policiais civis da Core/PCMG (Coordenadoria de Recursos Especiais).
O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.