O incêndio de proporções ainda incalculáveis

Uma semana depois do incêndio que atingiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, o prédio deverá ser cercado de tapumes para dar início às obras de contenção e procedimentos para manter a estrutura segura.

Amanhã (11), são esperados os técnicos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que vão auxiliar nos trabalhos.

As informações foram confirmadas pela vice-diretora do museu, Cristiana Serejo.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, disse que a Unesco ofereceu especialistas que já trabalharam em tsunamis e outros desastres para ajudar na remoção dos escombros.

Na semana passada, autoridades federais confirmaram a colaboração do organismo internacional.

Com a colocação dos tapumes, começam as obras de contenção e outros procedimentos para manter a estrutura do palácio segura e permitir mais buscas nos escombros na tentativa de localizar peças do acervo que tenham escapado do fogo.

Uma equipe de especialistas, sob o comando de arqueólogos do museu, realizará esse trabalho, com apoio de engenheiros contratados para garantir a segurança nos escombros.

De acordo com Cristiana Serejo, o grupo de especialistas é formado também por museólogos do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e já está trabalhando no interior do prédio.

Etapas

A vice-diretora afirmou que os trabalhos ocorrem em duas frentes: uma estrutural e uma de resgate do acervo.

A expectativa é de que, no decorrer dessa semana, sejam liberados R$ 10 milhões do Ministério da Educação para ações emergenciais na segurança do prédio.

A UFRJ prepara um termo de referência com a relação dos serviços mais necessários nessa etapa emergencial.

Segundo Cristiana Serejo, o museu vai aceitar também doações de outras instituições. Contatos com essa finalidade já estão sendo feitos.

“O Museu Nacional está tentando se organizar”, disse.

Agência Brasil

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