O Ministério da Saúde suspendeu o fornecimento de dezenove medicamentos distribuídos sem custo para a população. O Governo alega que os contratos de fabricação passam por algum tipo de irregularidade, e que precisam ser corrigidos.
Dentre os medicamentos que tiveram os contratos de fabricação cancelados estão os dois tipos Insulina – NPH e regular -, as fórmulas usadas no tratamento de câncer – Rituximabe, Trastuzumabe e Bevacizumabe -, e um remédio usado por pacientes que passaram por transplantes – Everolimo.
O diabetes é uma doença que afeta 16 milhões de brasileiros, que precisam de doses diárias de insulina.
A Associação de Laboratórios Farmacêuticos do Brasil criticou a decisão do Ministério Público e afirmou que suspender os contratos desses dezenove remédios coloca em risco o abastecimento para a população, e pode afetar mais de trinta milhões de pacientes no país.
Apesar do cancelamento dos contratos de fabricação, o Ministério da Saúde declarou que tem feito a compra dos remédios por outros meios previstos em lei, e garante que a suspensão não irá afetar os pacientes.
No entanto, outra preocupação dos fabricantes é com o preço dos remédios. Com a parceria entre o Governo e esses laboratórios, os medicamentos ficam, em média, 30% mais baratos. No caso da Insulina, por exemplo, o Governo paga R$ 10,35 a dose. Pelo preço do mercado, esse valor mais do que dobra: cada dose chega a R$ 26,55.
Fonte: SBT