Durante mais de cinco horas, em reunião virtual realizada nesta quinta-feira, 18, que começou pouco depois de 9h18 e somente terminando às 14h10, a comissão processante que analisa o pedido de cassação do vereador afastado Silésio Miranda (PT) decidiu pela procedência da acusação.

Segundo o relator, o denunciado não conseguiu comprovar o uso regular da verba indenizatória durante todo o período da atual legislatura, especialmente no período posterior a novembro de 2017. O relatório com mais 60 páginas, assinado pelos vereadores, Jussara Matsuda (presidente), Heliomar Bozó (relator) e Clayton César (membro), foi publicado no jornal “O Legislativo”. O presidente da Casa, vereador Ronaldo Tannús (PL), deve marcar a sessão de julgamento em breve.

Segundo o relatório, pelos documentos e depoimentos cuidadosamente analisados, ficou comprovado o uso irregular da verba indenizatória por parte do denunciado, com a obtenção de vantagem indevida. Desta forma, rejeitaram todas as alegações realizadas pela defesa e pela procedência da acusação, motivo pelo qual se deve levar a Plenário para decisão de cassação ou não do mandato do vereador Silésio Miranda.

Silésio é o último vereador afastado após denúncias feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Má Impressão, que investiga o uso de notas fiscais ideologicamente falsas de gráficas para recebimento de verba indenizatória da Câmara. Ele é o único, entre todos os parlamentares afastados, a apresentar defesa, que teve aproximadamente mil páginas. Até agora, ele compareceu em todas as audiências nas dependências do Legislativo durante o processo.

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CASSADOS EM 2020

Mais vereadores de Uberlândia tiveram os mandatos cassados em 2020: Alexandre Nogueira, Baiano, Ceará, Doca Mastroiano, Isac Cruz, Juliano Modesto, Márcio Nobre, Pâmela Volp, Rodi Borges, Ronaldo Alves, Vico, Vilmar Resende, Wender Marques e Wilson Pinheiro que conseguiu reverter à decisão na Justiça e retornou ao Legislativo.

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