A Justiça Federal aceitou nesta quarta-feira, 31, mais uma denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que se torna réu pela 21ª vez na Operação Lava Jato. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a nova denúncia foi baseada nas operações Calicute, Eficiência e Mascate, desdobramentos Lava Jato no Rio, e trata de mais de 200 atos de lavagem de dinheiro.

Além de Cabral, mais seis pessoas são acusadas na denúncia: Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martons e João do Carmo Monteiro Martins. A decisão foi assinada pela juíza Carolina Vieira Figueiredo. Ela integra a 7ª Vara Federal Criminal, cujo juiz titular é Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro, que está de férias.

De acordo com a denúncia, apresentada ontem (30) pelo MPF, Cabral liderou uma organização criminosa para lavar dinheiro de propina, que atuou entre outubro de 2007 e agosto de 2014. No grupo, Ary Filho e o assessor do ex-governador Sérgio Castro de Oliveira, conhecido como Serjão, eram os operadores financeiros.

Sérgio Cabral já foi condenado em quatro dos 21 processos em que é réu. As penas somam 87 anos de prisão. Atualmente, o ex-governador está preso em Curitiba, para onde foi transferido há cerca de duas semanas. A mudança foi determinada pelo juiz Sérgio Moro e pela juíza Caroline Vieira Figueiredo. Ambos entenderam que Cabral vinha gozando de privilégios onde estava preso até então, na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.

Agência Brasil

 

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