O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado (02), ter tido acesso à gravação das ligações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa.

Segundo Bolsonaro, ele pegou o registro, que mostra a conversa entre o porteiro e um dos suspeitos de ter matado a vereadora Marielle Franco, antes que “fosse adulterada”. 

“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse alguém adulterar, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano, a voz não é minha. Não é o ‘seu jair”, declarou Bolsonaro aos jornalistas.

Nesta terça-feira (29), uma reportagem da TV Globo mostrou que, em depoimento à Delegacia de Homicídios do Rio, responsável pelas investigações do caso Marielle e Anderson, o porteiro do residencial Vivendas da Barra relatou que Élcio de Queiroz, o motorista do carro utilizado na noite do crime, teria entrado no condomínio onde morava Ronnie Lessa, acusado de ser o atirador, com a autorização – por interfone – de uma pessoa que mora na casa 58, que pertence ao presidente.

Élcio de Queiroz, porém, seguiu para a casa de Ronnie Lessa – que, posteriormente, foi apontado como o interlocutor da ligação da portaria. Além disso, no mesmo dia e horário, o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília, onde participou de votações na Câmara.

Ainda no mesmo dia, o presidente afirmou estar empenhado em finalizar um pacote de medidas econômicas e levá-lo, pessoalmente, ao Congresso Nacional nos próximos dias.

O texto inclui uma Reforma Administrativa, que propõe, entre outras mudanças, menores salários e o fim da estabilidade na carreira para os servidores públicos. “A ideia é daqui para frente, só para os futuros concursados. Daqui para frente, não teria estabilidade. Essa é a ideia que está sendo estudada”, declarou Bolsonaro.

SBT

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