O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, detalhou, nesta terça-feira, 20, uma agenda para aumentar a eficiência financeira do País e reduzir o custo do crédito. As ações estão sustentadas em quatro pilares: maior cidadania financeira, legislação mais moderna, sistema financeiro eficiente e crédito mais barato.
Para possibilitar a oferta de crédito mais barato no País, o Banco Central planeja simplificar as regras do compulsório, estimular bons pagadores, com melhorias no cadastro positivo e tornar o uso do cartão de crédito mais barato.
Sobre o uso dos cartões, parte das medidas já haviam sido anunciadas pelo presidente da República, Michel Temer, na semana passada. Para estimular a competição, as máquinas terão de aceitar todas as bandeiras de cartões até 24 de março de 2017, por determinação do BC. Segundo Goldfajn, uma medida provisória que permite a prática de preços diferentes de acordo com o maior de pagamento (dinheiro, crédito ou débito, por exemplo) deve ser editada em breve pelo governo federal.
Sobre o depósito compulsório, Ilan Goldfajn disse que a ideia é reduzir gradualmente a complexidade operacional e unificar alíquotas e prazos. “Não são ações imediatas no sentido de impacto de curto prazo, são ações estruturais que podem reduzir o custo de crédito”, disse.
O Banco Central também quer aumentar a educação financeira do brasileiro em parceria com outras instituições, como cooperativas de crédito. “Não basta a inclusão. Nós incluímos milhões de pessoas no sistema financeiro, mas queremos munir esses cidadãos com conhecimento técnico”, afirmou Goldfajn.
O BC também buscará aperfeiçoar os mecanismos de cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a solução de conflitos entre o cidadão e instituições financeiras. Também está na pauta a simplificação da regulação para instituições financeiras de menor porte e a alteração na legislação sobre processos administrativos.
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