Conforme dados do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o estado com menor número de mortes por 100 mil habitantes, vítimas do coronavírus. Ainda de acordo com os sistemas Sivep-Grip e E-SUS, que reúnem informações oficiais sobre casos notificados em todo o país, o estado também atendeu e tratou, até o momento, 2.029 pacientes de covid-19 vindos de outras unidades da federação.

Este desempenho – que se traduz em vidas salvas – tem sido possível graças à capacidade de antecipação e planejamento do Estado, aliado aos procedimentos de gestão estabelecidos pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio do Plano Estadual de Contingência para Emergência e Saúde Pública.

“Desde que a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia como Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, estávamos cientes de que seria questão de tempo para o SARS-CoV-2 chegar ao Brasil. Por isso, em 12 de fevereiro já tínhamos pronta a primeira versão do Plano de Contingência, com ações prioritárias para o combate à epidemia, com ênfase nas fases de contenção e mitigação”, explica o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.  “Partimos da premissa de que, por desassistência, nenhum mineiro perderia a batalha contra a covid-19. Focamos em estruturar a rede pública de Saúde de forma que, passada a pandemia, ficasse um legado para a população. Alcançamos esse objetivo de tal forma que conseguimos dar assistência também a pessoas de outros estados”, avalia.

Insumos e equipamentos

Neste esforço, Minas Gerais foi de 2.072 leitos de UTI para os atuais 3.988. Distribuiu mais de 1 mil respiradores – equipamentos essenciais para o funcionamento de leitos de alta complexidade. Também fez parceria com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que entregou outros 1,6 mil respiradores para hospitais do estado. A implementação do programa Protege Minas direcionou R$ 51 milhões para aquisição de máscaras descartáveis, luvas de procedimento, toucas e aventais, equipamentos de proteção individual fornecidos aos municípios a preço de custo, ação fundamental para proteger ao máximo as equipes de saúde.

Medidas de contenção

Como medida de contenção, Minas foi ágil ao suspender as aulas na rede pública estadual, ainda em março. Também se antecipou ao publicar a Deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19 nº 2, permitindo a adoção do regime especial de teletrabalho. O estado também foi o primeiro do país a orientar a população quanto à necessidade de adoção do isolamento social como forma de prevenção ao crescimento do contágio.

Outra medida essencial foi a criação de comitês macrorregionais já que é por meio de reuniões semanais entre gestores de Saúde municipais e a SES-MG que se dá a análise de dados em tempo real. Nos encontros são definidas orientações técnicas estratégicas para monitorar dia a dia a evolução da pandemia e orientar os gestores em suas tomadas de decisões.

Estratégia que divide o estado em regiões e cria protocolos sanitários para o retorno gradual para as atividades, o Plano Minas Consciente tem sido ferramenta de suporte para gestores locais terem à mão análises que promovam a segurança da população e a contenção da pandemia, ao mesmo tempo.

“Em sete meses de enfrentamento à pandemia, o trabalho na Secretaria de Saúde tem sido ininterrupto. Lamentamos profundamente cada vida perdida para a covid-19. Até aqui, temos trabalhado para garantir vitórias contra a doença e para proteger todos os mineiros. Uma delas, muito importante, foi afastar o risco de colapsar o sistema de Saúde, conquista importante para termos a capacidade de atender não só aos mineiros, mas a todos que precisaram e que possam precisar de atendimento em virtude da covid-19”, enfatiza o secretário.

Até o fechamento desta matéria, Minas Gerais registrava 60,13% de ocupação de leitos de UTI, sendo 19,82 % deste total ocupado por pacientes de covid-19.

Agência Minas

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