Vinte pessoas que podem contribuir com o processo de investigação do Gaeco estão sendo ouvidas no Ministério Público Estadual em Uberlândia. Entre elas, estão vereadores presos, ex-secretários municipais e pessoas que são consideradas “laranjas” em esquemas de corrupção.

Dez pessoas foram ouvidas durante todo dia de ontem na sede do Ministério Público Estadual de Uberlândia. Elas podem colaborar com o processo de investigação no âmbito da Operação Poderoso Chefão que foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco. Nesta quarta-feira os três vereadores que estão presos foram ouvidos pelo promotor Daniel Martinez.

Nesta fase de oitivas um total de 20 pessoas prestam depoimento. Hoje, outras dez pessoas deverão ser ouvidas durante todo o dia.

De acordo com o Ministério Público Estadual, pessoas que são consideradas “laranjas” no esquema fraudulento prestarão depoimento. Segundo o Promotor Daniel Martinez, o ex-controlador geral da Câmara, Adeilson Barbosa Soares, é considerado o cérebro financeiro do esquema. Um vereador é um ex-vereador serão ouvidos. Ex-secretários municipais da gestão passada também prestam depoimento como Alexandre Andrade, Gercina Novaes, Carlos Diniz e o ex-procurador Lira Pontes. A Operação Poderoso Chefão investia irregularidades no transporte escolar do município em relação a fatos que ocorreram em 2017. Uma empresa seria usada para lavar o dinheiro do esquema.

 

 

Os vereadores Alexandre Nogueira e Juliano Modesto prestaram depoimento ontem na sede do Ministério Público durante a fase de oitivas que se estende até hoje. Depois de serem ouvidos eles retornaram para o presídio Prof. Jacy de Assis. Um novo pedido de liberdade provisória foi protocolado. Esse é parte do acompanhamento on line do processo que pede liberdade provisória com ou sem fiança. Os pedidos dos dois vereadores ainda não foram apreciados. Outros pedidos anteriores já foram negados pela Justiça. Um fato que chama a atenção nos pedidos é que o nome de uma das advogadas é filha do prefeito de Uberlândia. Maria Andrade Junqueira Leão é uma das responsáveis pelos documentos. Outro ponto que também querer atenção é que o escritório que defende as causas da prefeitura é exaltante o mesmo que atua na defesa dos dois parlamentares. Tanto Modesto quanto Nogueira, foram detidos em operações desencadeadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco. O vereador Wilson Pinheiro, ex-líder do governo na Câmara Municipal também está detido em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica devido a problemas de saúde. Caso Pinheiro e Nogueira não provem inocência nos até a próxima segunda-feira, dia 25, pode ser aberto um processo de vacância na Câmara Municipal e os suplentes podem ser convocados, assim como aconteceu com o atual vereador Walquir Amaral que ocupou a cadeira de Juliano Modesto na semana passada.

 

 

 

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