A Polícia Federal está em Patos de Minas nesta manhã de terça-feira, 21, realizando a Operação “A Incomparável do Abaeté”. Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos para apurar evasão de divisas e lavagem de dinheiro e identificar patrimônio de um grupo envolvido em sonegação de rendas geradas na atividade de comércio de pedras preciosas.

Foram apreendidos um volume considerável de pedras preciosas, uma grande quantia em dinheiro, notas de R$ 100 e R$ 50, arma de fogo, celulares e diversos documentos. O empresário acompanhou os agentes durante o trabalho.

De acordo com o delegado da Receita Federal, Valtair Soares Ferreirra, os alvos são pessoas físicas e jurídicas, bem como um escritório de contabilidade. A ação foi focada em um grupo empresarial responsável pelo comércio internacional de pedras preciosas. Segundo o agente, a Receita Federal já autuou o grupo, mas não vinha encontrando recursos para saldar o débito que gira em torno de R$60 milhões.

A ação tem o objetivo de garantir o pagamento de dívidas tributárias com a União e identificar a continuidade das ações criminosas.

Foi verificado que a movimentação financeira dos alvos era incompatível com o que apresentavam, tendo eles usado empresas de fachada e interpostas pessoas para ocultar os bens. Dessa forma, foi idealizada a operação para pagamento dos débitos e comprovar o crime de sonegação e evasão de divisas. São dois processos, um fiscal e outro criminal.

Além disso, há anos o grupo vem sendo investigado pela Polícia Federal pelo comércio de pedras preciosas extraídas de garimpos ilegais no país.

A Operação “A Incomparável do Abaeté” recebeu este nome como referência a uma pedra preciosa, um diamante rosa, que foi extraído nos anos 90 de um garimpo de propriedade dos envolvidos no esquema criminoso localizado em Abaeté-MG, e avaliada, na época, em mais de US$ 30 milhões (dólares).

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