Mãe arrasta o bebê morto dentro de um saco de lixo, com outro filho no colo

A jovem de 20 anos que jogou o filho recém-nascido vivo da janela do 2º andar de um apartamento na última quinta-feira (18), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, vai responder pelo crime em liberdade. Segundo informações da Polícia Civil, a mulher teve a prisão em flagrante decretada após o ocorrido, mas o pedido foi indeferido pela Justiça neste fim de semana.

A delegada Lyvia Bonella, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, relatou que exames devem ser realizados para verificar o estado emocional da jovem após o parto. Se for comprovado com as análises que a mulher estava em puerpério, condição que afeta as mães depois de dar à luz, ela deve responder pelo crime de infanticídio, cuja pena é mais branda. No entanto, se constatado perfeito estado de consciência, ela deverá ser indiciada por homicídio qualificado, que pode dar até 30 anos de prisão.

Em depoimento à polícia, a mulher relatou que não tinha certeza da gestação e que, após o parto, decidiu “livrar-se” do bebê com medo da reação da própria mãe. No entanto, segundo o delegado Sérgio Lemos Nassur, é “muito difícil crer na alegação de que ela não sabia se estava grávida”, já que a jovem é mãe de uma criança de um ano e quatro meses. “Isso poderia ser levado em conta se fosse a primeira gravidez da moça”, declarou.

Para o psiquiatra Kalil Duailibi, membro da Associação Paulista de Medicina (APM), existem três possibilidades que podem explicar o que determinou a mulher a cometer o crime, sendo elas a Depressão Pós-Parto, Transtorno de Personalidade ou uma Depressão Puerperal. Segundo Duailibi, é importante que a jovem seja, de qualquer forma, “avaliada e tratada, porque se ela tiver uma depressão puerperal, pode correr o risco de acabar, inclusive, com a própria vida”.

SBT

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