Em depoimento nesta quinta-feira, 31 de outubro, o vereador Alexandre Nogueira teria confessado ao promotor Daniel Marotta, coordenador do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado – GAECO, que possuía uma van em nome de laranja, prestando serviços de transportes para a Prefeitura de Araguari.
De acordo com o promotor, a referida van teria sido comprada por um assessor do parlamentar, que prestou informações e delações premiadas ao GAECO explicando como funcionava todo o esquema.
O Vereador Alexandre Nogueira segue preso preventivamente e suspenso de seu mandato e de suas funções públicas por determinação do Presidente Hélio Ferraz Baiano, que também determinou a suspensão do pagamento do salário do vereador.
Assim como Nogueira, Juliano Modesto também foi ouvido ontem na sede do Ministério Público Estadual. Os depoimentos são sobre a suposta participação deles no esquema que fraudava contratos da Prefeitura com a Cooperativa de transporte escolar em Uberlândia.
Entre as pessoas ouvidas estava o empresário que confessou que era laranja de Alexandre Nogueira e relatou ainda que o edil seria sócio oculto de uma recuperadora de vans.
De acordo com o promotor Daniel Marotta, o depoimento corrobora com as provas das investigações das operações “Poderoso Chefão” e “Quilômetros de Vantagens” e aponta vantagens financeiras indevidas entre R$ 7 milhões e R$ 9 milhões em um ano.
Sobre a prefeitura o promotor disse: “se ocorreu fraude, a ponto de ser instaurada uma CPI para investigar os fatos em agosto de 2015, a prefeitura deveria ter tido cuidado redobrado com o serviço. Mas o que a gente viu não foi cuidado redobrado, foi um total descaso”.