Operação LIBERTAS cumpre 03 mandados de prisão e 11 mandados judiciais em Uberlândia

Na manhã desta segunda (8), foi deflagrada em Uberlândia a Operação “Libertas”, investigação conduzida pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, com o apoio da Polícia Militar (PM), que designou 60 militares para o cumprimento das diligências.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, são cumpridos 03 (três) mandados de prisão e de 11 (onze)
mandados judiciais de busca e apreensão, todos na cidade de Uberlândia/MG, dentre eles, a ex-Vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp.

Crimes e investigação

Os crimes em apuração são de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio (tentado e consumado), constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
As apurações realizadas pelo GAECO demonstram a existência de uma associação criminosa com base na cidade de Uberlândia, voltada a estabelecer o monopólio da exploração sexual de travestis e transsexuais na cidade e região, mediante a utilização de graves ameaças e lesões corporais graves contra quem tenta praticar a prostituição de forma independente do grupo criminoso.

Abuso e opressão

Em nota, o MP, esclarece que o grupo atuava com abuso de força e opressão:

“Constatou-se ainda que a exploração financeira da prostituição de trasvestis e transexuais é exercida pelo bando sempre com uso de violência e graves ameaças, sendo que em alguns casos, a partir de oitivas realizadas pelo Ministério Público de Minas Gerais, existem suspeitas até de homicídios consumados e tentados envolvendo
os investigados.

Outro ponto de destaque das apurações foi a verificação da exploração financeira desses travestis e transexuais por meio da implantação de silicone industrial, prática criminosa e altamente perigosa, realizada em locais inapropriados e por pessoas absolutamente inabilitadas, existindo também suspeitas de mortes que ocorreram em decorrência desses procedimentos ilegais capitaneados pelo grupo investigado”.

Cidade dividida

O promotor do Gaeco, Thiago Ferraz, disse em entrevista que foi descoberto um esquema, onde a cidade de Uberlândia é dividida em duas partes para a exploração sexual das travestis, sendo que as investigadas Pâmela e Lamar Bionda, possuem o domínio de um território acordado entre elas.

Além disto, o promotor afirmou que os travestis que chegam a Uberlândia só podem trabalhar para Pâmela ou Lamar, sendo que é cobrado um valor de diária.

Pâmela Volp – Imagem da Internet

Pâmela Volp

Não é a primeira vez que Pâmela Volp é investigada por supostos crimes. Em 2014, a ex-vereadora foi condenada, junto a outras 6 pessoas, pela Justiça Federal por envolvimento com o tráfico internacional de pessoas. Pâmela foi apontada pela justiça como uma das chefes do esquema, sendo condenada a cumprir pena em regime fechado. A defesa de Pâmela recorreu da decisão, que foi para a segunda instância. Em novo julgamento a ex-vereadora foi absolvida.

Já como Vereadora eleita em Uberlândia, Pâmela foi presa em 2019 e teve o seu mandato de Vereador cassada em 2020, durante a Operação “Má Impressão”, que apurou desvios de verbas indenizatórias, por uma série de Vereadores de Uberlândia.

Prisão e Apreensão

Foram conduzidos pelos policiais a ex-vereadora Pâmela Volp, a filha dela, Paula Volp, e Lamar Bionda. As apreensões realizadas pela força policial, na casa de Pâmela Volp, foram de R$106 mil em espécie, além de carros de luxo.

 

*matéria em atualização

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