Na semana passada, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Procon, propôs uma ação civil pública contra o Banco Santander, pelo fato da instituição permitir movimentações financeiras em diversas contas sem o consentimento de clientes. Um deles conversou com a equipe de reportagem da TV Vitoriosa e relatou os prejuízos e problemas que teve por conta disso.
O cliente é um empresário, dono de uma empresa do ramo de contabilidade, e pediu para não ser identificado. Ele relatou que já acionou a justiça após notar que 37 mil reais foram desviados da conta da companhia pelos criminosos e relatou alguns dos prejuízos que teve.
“Ficamos com alguns valores sem pagar aos nossos fornecedores pelo fato de não ter esse recurso, que pra nossa empresa, fez e faz muita diferença”, disse.
Após notar a ação criminosa, o empresário relatou que procurou o banco para conseguir encontrar uma forma de contornar o problema, mas não contou com nenhum auxílio da instituição financeira.
“O banco não agiu, não se prontificou, não procurou nos ajudar nesse sentido. Em buscar pra onde foi esse valor, bloquear o valor no banco destinatário. Ele simplesmente não tomou ação nenhuma”, afirmou.
Desde o acontecido, o empresário disse que reforçou a segurança da empresa para evitar um novo episódio deste tipo.
“Nos fez tomar mais cuidado ainda. Já tínhamos cuidado quanto a isso, mas nos fez tomar mais cuidado ainda na nossa parte tecnológica, nossa parte de infraestrutura pra evitar que situações como essa ou semelhantes se repitam. Colocamos um firewall, mantemos nosso antivírus sempre atualizado. E contratamos um técnico pra ficar full-time dentro da nossa empresa pra tomar conta dessa parte e evitar que se repita”, explicou.
Em nota, o Banco Santander disse que ainda não foi notificado judicialmente e que se manifestará nos auto do processo em questão. Confira abaixo, na íntegra.
“O Santander informa que ainda não foi notificado oficialmente sobre a instauração do processo. Desta forma, se manifestará oportunamente nos autos do referido processo, considerando que a controvérsia está sub júdice.”
Informações: Rodrigo Silva