O ítalo-brasileiro Eder Guidarelli, acusado de ter assassinado o italiano Marcello Cenci em Valência, na Espanha, pediu nesta quarta-feira (5) para não ser extraditado ao país ibérico.
Guidarelli participou da primeira audiência do processo na Corte de Apelação de Gênova que decidirá se ele será entregue ou não às autoridades espanholas. Durante a sessão, o ítalo-brasileiro de 32 anos, defendido pelo advogado Eugenio Gallerani, se opôs à extradição e disse que prefere permanecer na Itália.
O corpo de Cenci, também de 32 anos, foi encontrado na madrugada do último domingo (2), perto de sua casa em Valência, com sinais de agressão e estrangulamento. Guidarelli é o único acusado pelo homicídio.
Nascido no Brasil, mas adotado por uma família italiana, o suspeito reside na cidade de Ferrara, assim como Cenci, que havia se transferido poucos meses antes para trabalhar como barman na Espanha. Os dois eram amigos, mas teriam rompido relações por conta das recorrentes agressões de Guidarelli contra Cenci.
A vítima movia um processo contra o ítalo-brasileiro em Ferrara por perseguição e havia denunciado pelo menos três episódios de violência. A primeira audiência do julgamento estava marcada para 4 de outubro.
Segundo a acusação, Guidarelli sentia um forte ciúme de Cenci por causa de uma ex-namorada que o deixou recentemente. O acusado foi capturado na última segunda-feira (3), em Ventimiglia, no noroeste da Itália, quando retornava da Espanha.
Uma nova audiência sobre sua extradição deve ser realizada nos próximos dias, já que a Corte de Apelação de Gênova decidiu pedir mais documentos às autoridades espanholas. Se não for entregue a Madri, Guidarelli, que está preso na penitenciária de Imperia, será julgado na Itália.
Fonte: Ansa Brasil