Trabalho realizado mensalmente pela equipe do Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos (LCRH), vinculado ao Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (IG/UFU), o Boletim de Monitoramento Climático Mensal apresenta as condições atmosféricas observadas em Minas Gerais, com atenção especial ao município de Uberlândia.

Atualmente coordenado pela professora Camila Bertoletti Carpenedo, o LCRH analisa nestes boletins mensais o comportamento dos elementos do clima (precipitação pluvial, temperatura do ar, umidade relativa, pressão atmosférica e velocidade do vento) e os possíveis fatores responsáveis por suas variações (frentes frias, Zona de Convergência do Atlântico Sul, Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul e temperatura da superfície do mar no Atlântico e Pacífico). “Também é realizada uma análise sinótica dos eventos meteorológicos significativos do mês em Uberlândia, que causaram algum impacto, tais como: inundação, alagamento, enxurrada, dano ao patrimônio, queda de árvore e corte de energia, entre outros”, exemplifica a docente da UFU.

Laboratório que faz este monitoramento está sediado no Campus Santa Mônica. (Foto: Alexandre Costa)

Últimos dados

De acordo com o levantamento mais recente, a precipitação pluvial registrada, ao longo do mês de março, foi bem diferente nas duas metades de Minas Gerais. Na metade norte as chuvas foram predominantemente acima da média, devido à atuação de um evento de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) por um período de nove dias. Por outro lado, na metade sul a atuação de um centro anômalo de alta pressão no Atlântico Sudoeste, que indica um fortalecimento do ramo oeste-sudoeste do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), favorecido pelo resfriamento do oceano, inibiu a passagem de frentes frias sobre essa região.

Uberlândia, por sua vez, apresentou precipitação pluvial 5% abaixo da média, totalizando 177,2 mm de chuva em 13 dias. “Apenas um evento meteorológico significativo foi observado na nossa cidade, relacionado à Alta da Bolívia e ao cavado em altos níveis. Esse evento resultou em alguns impactos no município, a exemplo de alagamentos, quedas de árvores e danos na malha asfáltica”, relata Carpenedo.

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