Fonte: TV Vitoriosa

Neste primeiro semestre de 2017, a cidade de Uberlândia e outros 18 municípios da região já registraram um total de 154 casos de caxumba. É um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas apenas 14 ocorrências.

Uma das pessoas acometidas pela doença foi a pastora Elizabete Silva, de 52 anos. Ela relatou que estava com uma íngua no pescoço, e que se preocupou após sentir muita dor no local ao comer.

Pouco depois, percebeu o aumento do inchaço, e procurou a UAI do Bairro São Jorge, mas no dia, não conseguiu atendimento. Foi por meio de pesquisas na internet e com a ajuda de um primo, que é médico, que descobriu que estava com caxumba.

Desconhecimento do método de transmissão

Boa parte da população desconhece o método de transmissão da doença. E a atual estação do ano, especialmente os dias mais frios, só contribui para o aumento dos casos.

A infectologista Patrícia Cândido explica que a enfermidade é transmitida a partir de pequenas gotículas de saliva. “A caxumba é uma doença viral que acomete as glândulas salivares. Ela é transmitida, geralmente, por gotículas, através da saliva mesmo, das gotinhas que aparecem ao falar, tossir e espirrar. É uma doença viral que se transmite pelo ar a partir dessas gotículas.”

Uma importante forma de se prevenir é tomar a vacina. “O ideal é ter o cartão de vacinação e ver se fez corretamente na infância. Mas o adulto também pode fazer uso da vacina. Então, é só procurar um centro de referência”, disse Patrícia.

A infectologista também disse que o vírus da caxumba possui afinidade em acometer as glândulas do corpo. “No homem, o mais comum é a inflamação das glândulas sexuais, dos testículos, e nas mulheres, inflamação dos ovários ou das glândulas mamárias. Esse vírus tem certa preferência pelas glândulas”, comentou.

Aumento dos casos de um ano para o outro

Dos 154 casos de caxumba registrados na região no primeiro semestre deste ano, 147 aconteceram apenas em Uberlândia. Para efeito de comparação, foram apenas 57 ocorrências em todo o ano de 2016.

Marcelo Sinício, infectologista da vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, afirma que os casos aumentaram em locais com adolescentes e jovens adultos. “O que está acontecendo é um aumento do número de casos em certas instituições, principalmente na faixa etária de adultos jovens. Não está afetando um número grande de crianças não, que, tradicionalmente, são as que mais pegam ou pegavam “, disse. 67% dos casos registrados da doença são de pessoas na faixa etária de 15 a 34 anos de idade.

O infectologista também acredita que a incidência está maior entre esse grupo de pessoas pela falta de vacinação. “Há uma ideia de que vacina é pra criança, e não é. A vacina também tem que abranger a faixa etária de adultos jovens e idosos, que são mais preocupados com vacinação. Mas nós, adultos e adultos jovens, não nos preocupamos muito”, afirmou.

Informações no local: Camila Rabelo e Carlos Vilela

https://www.youtube.com/watch?v=vY8xDDohAdY&t=26s

https://www.youtube.com/watch?v=oOAZdczRYSk&t=10s

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