Em 2016, as micro e pequenas empresas mineiras sentiram os efeitos da crise e fecharam o ano com saldo negativo de empregos. De janeiro a dezembro, a diferença entre os empregos gerados e as demissões foi de -36.737. É o que mostra um levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o Caged, nos últimos 12 meses, as MPE mineiras abriram 1.056.525 vagas e fecharam 1.093.262. A construção civil foi a que mais demitiu do que contratou, gerando o déficit de -12.327 empregos. Apesar do saldo de emprego em Minas Gerais ter sofrido uma piora no segundo semestre de 2016, o resultado positivo de abril a junho fez com que a agropecuária e extração vegetal alcançassem o melhor balanço entre os setores avaliados, com o saldo de 2.840 vagas.

Em relação às médias e grandes empresas (MGE), os pequenos negócios contrataram e demitiram mais, porém a diferença entre demitidos e contratados nas MPE (-36.737) foi menor que nas MGE (-85.237).

Dezembro

Exceto os meses de abril, maio e junho, o quadro mensal de empregos gerados pelas MPE mineiras em 2016 foi negativo. Em dezembro, foi o período em que os pequenos negócios registraram o pior saldo do ano, com -28.228 empregos. Cerca da metade desses, -14.569 vagas, foram registrados em dois setores: indústria de transformação (-7.320) e construção (-7.276)

Entre as regionais do estado, a Centro (-8.307), Centro-Oeste e Sudoeste (-5.521) e Triângulo (-5.211) foram as que tiveram mais demissões que contratações, impactando diretamente o resultado negativo do estado.

No período, Minas Gerais só não teve um desempenho pior do que São Paulo, onde houve uma diferença de -69.230 no saldo de vagas. No Brasil, como no resto dos estados, o resultado não foi diferente, fechando dezembro com déficit de -223.018 empregos.

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