Nivaldo Neto é estudante do curso de administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e possui necessidades especiais. No entanto, apesar de sua condição, sua família alega que o jovem não recebe o auxílio necessário da instituição de ensino.
Em entrevista para o repórter Anderson Magrão, Luciana Graciele Marques, mãe de Nivaldo, explicou que o filho iniciou seus estudos na UFU no início deste ano, primeiramente no curso de matemática. No entanto, a graduação não lhe agradou e fez a mudança para administração. Mas disse que Nivaldo não conta com a ajuda de um professor de apoio ou um monitor desde que ingressou na universidade.
“Desde o começo do ano, a gente ta tentando pessoas para ajudar e monitorar ele na sala de aula, pra poder escrever, estudar, ajudar a fazer um trabalho. E desde o começo do ano, não houve (ajuda) até hoje”, disse.
Marques afirmou também que enquanto Nivaldo estudava em escolas municipais e estaduais, sempre contou com o apoio de um monitor para ajudá-lo nos estudos, com a alimentação e para ir ao banheiro. E explicou que alguns professores da UFU até ajudam o filho, mas que isso não se aplica a todos.
“Tem professores que ajudam, que no horário de folga, ajudam a aplicar prova pra ele, mas a maioria não aplica”, afirmou.
Em nota, a Universidade Federal de Uberlândia afirma que oferece, nos limites da legislação vigente, o atendimento para estudantes com deficiência e que abre vagas periódicas para monitores. Mas reconheceu a carência de servidores que atuam nesta área dentro da instituição.
Confira a nota, na íntegra, abaixo.
“A Universidade Federal de Uberlândia (UFU), nos limites da legislação vigente, oferece atendimento aos estudantes com deficiência. Além de prever um benefício, a bolsa acessibilidade, a universidade abre vagas periódicas para monitores para acompanharem estes estudantes.
A universidade reconhece que há carência de servidores que atuam como cuidadores ou professores de apoio e, por isso, tem buscado recursos e mecanismos para efetuar a contratação destes profissionais.
Vale ressaltar que os estudantes com deficiência podem solicitar apoio do centro de ensino, pesquisa, extensão e atendimento em educação especial (Cepae) da UFU.”
Informações: Anderson Magrão