A inflação do mês de janeiro na cidade de Uberlândia foi de apenas 0,16%, de acordo com dados do Índice de Preços do Centro de Pesquisas Econômico-sociais (IPC-CEPES), da Universidade Federal de Uberlândia. Esse é o melhor índice para o mês desde o ano de 1999.
O número chega a ser surpreendente, já que o mês de janeiro é conhecido por seus reajustes, pagamento de impostos e compra de material escolar. O economista Álvaro Fonseca explicou que os alimentos foram os grandes responsáveis por essa marca.
“A coisa que a gente menos esperava é que a alimentação tivesse um comportamento tão baixo. Normalmente, também a alimentação sobe. E nesse mês de janeiro, tem a questão da habitação, a energia elétrica, com a redução da bandeira, e uma redução de impostos, que ajudou para que o índice de janeiro ficasse mais baixo”, explicou.
Alimentação e bebidas sempre costumam ser os pontos mais avaliados para a medição de índices de inflação. De acordo com o informativo divulgado pelo IPC-CEPES, os preços caíram, em média, 0,08%.
Modesto de Oliveira Neto, gerente de um mercado, acredita que essa leve queda se dá por conta da negociação com fornecedores, pois o objetivo é tentar manter os preços de um ano para o outro.
Cesta básica mais cara
Apesar dos preços dos alimentos se manterem praticamente estáveis em janeiro, a cesta básica em Uberlândia teve uma alta de 16 reais. Em dezembro de 2017, o preço ficou na casa de 343, mas no mês passado, o custo total foi de 359 reais.
Álvaro Fonseca explicou que essa alta depende do que consumido pela população. “Depende muito de sua cesta de consumo. Tem aqueles produtos que estão em baixa, tem aqueles produtos que estão em alta. Nesse mês, o tomate e a batata estavam altíssimos na média do mês (33,57% e 12,53%, respectivamente), enquanto outros produtos estavam em baixa. A cesta básica subiu 4,72% mais por conta dos dois”, explicou.
Material Escolar
Uma grande preocupação para janeiro, especialmente para aqueles que têm filhos, é a compra do material escolar, que costuma pesar no bolso de muitas famílias. A variação de preço, de acordo com o informativo, ficou na casa de 7,98%.
O atendente de telemarketing Wanderson Pereira diz que o gasto com o material escolar, em sua casa, chega a ser superior que o de alimentos, por exemplo. “O que pesa pra gente é escola, a escola pesa bastante, ainda mais começo de ano”, disse.
E um forma de conseguir escapar dessa alta de sempre é sempre pesquisar e checar os preços oferecidos em papelarias. “Por que nem sempre aquilo que é caro que é o bom, muitas vezes é relativo, a pesquisa é fundamental”, disse a professora Elionai Lima.
Informações: Vinícius Lemos