Neste 8 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Braille. A data é dedicada à reflexão sobre a importância de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento das pessoas cegas ou com baixa visão. O sistema Braille de escrita e leitura foi criado há cerca de 200 anos na França. Chegou ao Brasil por meio de José Álvares de Azevedo, que aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a disseminá-la, com apoio do Instituto de Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro.

“Foi a partir da criação do sistema Braille, no século 19, que nós, pessoas cegas, tivemos acesso à escrita e à leitura. E, a partir daí, foi possível a educação, a profissionalização, o acesso à cultura e a todo tipo de informação”, afirma a coordenadora de Revisão Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Regina Fátima Caldeira de Oliveira.

Para Regina, um dos desafios é ampliar o acesso ao sistema, para que crianças cegas ou com baixa visão sejam alfabetizadas o mais cedo possível. “Assim como escrever manualmente é indispensável para o desenvolvimento cognitivo das crianças que enxergam, para as crianças cegas também é indispensável o Braille para sua alfabetização e desenvolvimento normal da cognição”, ressalta.

Atualização

A Comissão Brasileira de Braille (CBB) reuniu-se em Brasília, em março, para trabalhar na padronização do sistema em todo o país. O objetivo é propor regras que unifiquem o sistema e permitam o uso e entendimento em todas as áreas da educação.

Criada em 1999, a comissão é atualmente presidida pela secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, do MEC, Ivana de Siqueira. “Por meio desse sistema, as pessoas puderam ter acesso à escrita, à leitura e ao processo educacional. Graças ao Braille, todo um amplo universo de conhecimento e cultura se abriu para elas, permitindo seu desenvolvimento pessoal e profissional”, diz.

A previsão é que as normas técnicas sejam publicadas ainda este ano.

Fonte: Portal Brasil, com informações do MEC

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