Na manhã desta segunda-feira, 8, professores e profissionais da rede de ensino estadual e municipal percorreram vários pontos da cidade de Uberlândia em protesto contra a volta às aulas.
A manifestação começou na Praça Cívica da Prefeitura e seguiu até o Ministério Público Estadual. Com cartazes nas mãos e um caixão simbólico fizeram um protesto pacífico, diversos profissionais se uniram com o grito de guerra: “sem vacina não há aulas presenciais”.
O objetivo é ganhar a atenção do executivo municipal para suspender a retomada do ensino presencial até que haja imunização contra a Covid-19 para os professores.
Ronaldo Amélio Ferreira, professor e membro do Comitê de Luta da Rede Municipal usou a tribuna da Câmara para denunciar a situação de escolas públicas, que segundo ele não oferecem espaço físico adequado para garantir distanciamento dentro das salas de aulas, e que ainda não possuem o número de banheiros adequados para a comunidade escolar.
“Quem vai se responsabilizar pelas vidas dos professores e milhares de crianças? Por que enquanto se há pressão para a volta às aulas, contraditoriamente, a prefeitura decretou medidas de segurança sanitária mais rígidas para o comércio?”, questiona.
Segundo ele, 40% dos profissionais da educação municipal paralisaram as atividades parcial ou integralmente nesta segunda-feira. A categoria pretende se reunir nesta tarde com a Assembleia de Profissionais da Educação do Município para discutir possibilidade de paralisação por tempo indeterminado ou greve.
A Prefeitura informou por meio da Secretaria de Ensino que a retomada das aulas ocorreu após análise de especialistas em saúde pública do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.
Nesta manhã nossa equipe esteve na Escola Municipal Universidade da Criança, no Bairro Brasil, onde todos os professores do 6º ao 9º ano paralisaram as atividades.