No oitavo dia de paralisação de caminhoneiros por todo o país, comerciantes e varejistas de Uberlândia começam a sentir os efeitos da greve. O Ceasa da cidade já registra queda significativa de movimento, enquanto que frigoríficos estão parados.

Na manhã desta segunda-feira, 28, o Ceasa registrou queda de 60% no movimento. Apenas produtores de Uberlândia e de regiões próximas que não possuem bloqueios nas estradas conseguiram trazer as mercadorias. E ainda assim, muitos sofreram com a falta de compradores.

“Como se diz, a gente não sabe o que vai acontecer. Estamos aguardando que libere (as estradas), por que senão perde a produção, ta um caos. Muitos (compradores) estão com medo de vir e não conseguir voltar”, disse o produtor Diego Maradona de Souza, que afirmou que boa parte das mercadorias tem duração máxima de dois dias.

A situação é semelhante em frigoríficos da cidade. Muitos não receberam animais para abate nesta segunda-feira e precisaram dispensar os funcionários. Além disso, caminhões de distribuição estão parados no pátio das empresas e câmaras frigoríficas estão desligadas.

O empresário Pedro Lucas Oliveira, dono de um frigorífico no Bairro Granada, precisou dispensar seus 22 funcionários nesta segunda-feira. Mas apesar dos prejuízos causados pela paralisação, manifestou apoio aos caminhoneiros de todo o país.

“Estamos apoiando essa mobilização que está tendo, por parte dos caminhoneiros. Nós entendemos que essas reivindicações são justas, entendemos que o governo tem que mexer nos custos dele. As indústrias e o povo não podem mais pagar essa conta”, disse.

Oliveira acredita que só conseguirá retomar a distribuição de carne na próxima quinta-feira, caso os animais para abate cheguem ao frigorífico ainda nesta segunda-feira.

Informações: Carlos Vilela

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