(Imagem: Comunica UFU/Divulgação)

O dia 17 de julho de 2020 entrou para história da Medicina Veterinária de Uberlândia e região. Nesta data, aconteceu o primeiro implante de marca-passo em cadela no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV/UFU). A paciente, que possui aproximadamente 15 anos de idade, apresentava bloqueio átrio ventricular de 3° grau e arritmia cardíaca, necessitando da utilização de um marca-passo cardíaco.

A cirurgia foi realizada por uma equipe de seis pessoas: Drª. Suzana Akemi Tsuruta (médica veterinária do HV); Gustavo Henrique Batista de Oliveira (residente do HV); Dr. Frederico Homem da Silva e Dr. Marcelo Carrijo Franco (médicos do Departamento de Arritmias, Eletrofisiologia e Marca-passo do Hospital das Clínicas da UFU); Dr. Matheus Matioli Mantovani e Dr. Eutálio Luiz Mariani Pimenta (professores da Universidade Federal de Minas Gerais).

Estudantes de graduação do curso de Medicina Veterinária da UFU e os demais residentes do HV também acompanharam o procedimento, que durou aproximadamente 40 minutos. “O implante foi considerado um sucesso e a paciente já se encontra em seu domicílio. A realização desse procedimento marcou uma nova oportunidade para outros animais do Triângulo Mineiro que sofram do mesmo tipo de patologia”, ressalta Tsuruta.

(Imagem: Comunica UFU/Divulgação)

Família completa

Meli está de volta ao convívio com outros oito cachorros e 15 gatos. Ela foi adotada há cerca de 14 anos pela dona de casa Dalca Botaro Carvalho, que é voluntária na Associação de Proteção Animal de Uberlândia (APA Uberlândia) desde 1999, quando a entidade estava dando os primeiros passos e ainda não contava com uma infraestrutura física adequada nem com apoio de profissionais e medicamentos. “Nós a conhecemos na APA, já adulta e muito debilitada. Levamos para tratar em casa mesmo e também sempre tentávamos conseguir um novo lar para ela nas feirinhas de adoção. Como ninguém quis ficar com a Meli, minha filha assumiu a responsabilidade. Desde então, é uma grande amiga da família, super esperta e brincalhona”, conta.

Questionada sobre a preocupação com o procedimento cirúrgico inédito na região ao qual a cadelinha foi submetida, a tutora comenta que isso era inevitável, mas a qualidade de vida da companheira era o que mais importava: “Ela também tem outros problemas de saúde e vai precisar tomar remédio pelo resto da vida. Este marca-passo seria importante para dar um conforto. Estamos muito felizes com o resultado, porque a Meli voltou até mais animada do que já era.”

Comunica UFU

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