Agentes do Centro de Controle de Zoonoses de Uberlândia estão percorrendo diversos bairros da cidade para combater a leishmaniose, doença que pode ser transmitida de animais domésticos, como cães e gatos, para os seres humanos. O município não registra nenhum caso da enfermidade há oito anos na zona urbana e há seis na zona rural.

Para conseguir fazer o controle, os agentes precisam passar de casa em casa, e mediante autorização do morador, fazem o exame em cães para detectar a doença.

“Em áreas onde você não tem o vetor instalado, você solicita que seja feito o exame do animal. Caso a pessoa recuse, a gente passa pra outra casa. Naqueles locais que já tem o vetor, (os moradores) são obrigados a deixar testar ou testar em um laboratório privado e apresentar (o resultado) para nós”, explicou Márcia Beatriz de Paula, coordenadora do laboratório de entomologia do Centro.

Ainda de acordo com Márcia, esse controle é importante por que a leishmaniose pode ser fatal se não for tratada adequadamente. “É uma doença que pode levar 90% das pessoas não tratadas a óbito”, explicou.

Segundo informações repassadas pelo Centro de Controle de Zoonoses, o índice da doença em animais do município é de apenas 0,8%, o que significa que menos de um é infectado a cada 100, além de estar bem abaixo da marca preocupante, que é de 2%.

Consciência é importante

A dona de casa Taciana Guimarães, moradora do Bairro Jardim Célia, possui cinco cachorros em sua residência, que foram devidamente examinados pelos agentes do Centro. E ressaltou a importância do ato. “É bem importante. Se tiver alguma doença, já vão ver se tem”, disse.

O exame também é importante para poder garantir a sobrevivência do animal. A razão é que caso ela seja diagnosticado com a leishmaniose, ele pode ter de ser sacrificado, caso outros exames realmente comprovem que ele está infectado.

“Com os dois exames reagentes, a gente solicita que ou o morador entregue o animal para eutanásia, segundo legislação federal, ou que ele efetue o tratamento do animal”, explicou Márcia.

Informações no local: Vinícius Lemos

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