A reunião entre a diretoria da Federação Mineira de Futebol (FMF) e integrantes da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES), que seria realizada nesta quarta-feira (10), para se tentar definir uma data do retorno do futebol no Estado foi adiada para o próximo dia 17.

Segundo o presidente da FMF, Adriano Aro, o adiamento aconteceu por causa da agenda do secretário Carlos Eduardo Amaral, que teve de fazer uma viagem.
Apesar do adiamento da reunião, Aro, em contato com o Hoje em Dia na manhã desta terça-feira, garantiu que o objetivo da FMF não foi alterado: “o campeonato mineiro vai terminar em campo”.

A afirmação do dirigente é também o desejo dos clubes. Pelo menos dos três da capital. Atlético e Cruzeiro já receberam cerca de R$ 14 milhões como cota de televisão. O América, ficou com R$ 4 milhões. E das 15 datas da competição, só nove foram jogadas até agora, sendo que o interesse maior da televisão é justamente pelas fases decisivas (semifinal e final).

Caso a competição não seja encerrada, o contrato de TV não será cumprido e os clubes correm o risco de ter de devolver parte da cota recebida. No caso de Galo e Raposa, por exemplo, se ela for dividida por 15, número de datas, eles teriam de devolver quase R$ 4 milhões. Como o contrato entre as partes tem cláusula de confidencialidade, não se sabe como seria essa conta, caso a devolução aconteça.

Previsão

Integrante da Comissão Nacional de Clubes, que está sempre em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tratando da volta do futebol brasileiro, o presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, disse em entrevista à Rádio Itatiaia, no último domingo (7), que acredita no retorno apenas no final de julho ou início de agosto.

Se isso realmente acontecer, serão ainda pelo menos mais 40 ou 45 dias antes que a bola volte a rolar no Brasil. E isso provocará um grande estrago no calendário 2020, que terá de invadir grande parte do primeiro semestre do ano que vem.

Isso porque a proposta da CBF, de jogos com intervalo de apenas 48 horas, não é aceita pelas entidades que defendem os jogadores, que querem a legislação sendo cumprida e 66 horas entre as partidas dos clubes.

Hoje em Dia

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