O mês de outubro do Atlético foi sombrio. Mesmo jogando contra três equipes da parte de baixo da classificação e um adversário do meio da tabela, o Alvinegro não venceu. Foi apenas um ponto conquistado e um gol feito. Para piorar, o Santos se aproximou na briga por uma vaga na Copa Libertadores. O time paulista diminuiu a diferença tirou a larga vantagem do Galo e os rivais estão empatados na Série A, com vantagem para time mineiro no número de vitórias.
A sequência ruim começou na derrota para a Chapecoense, por 1 a 0, na Arena Condá. O gol saiu nos acréscimos do segundo tempo. A equipe catarinense está, atualmente, na zona de rebaixamento. Na semana seguinte, o Alvinegro empatou sem gols com o América, em clássico no Independência. Dias depois do jogo no Horto, o técnico Thiago Larghi foi demitido e Levir Culpi foi contratado.
Desde que chegou, o novo treinador não viu os seus comandados somarem pontos no Campeonato Brasileiro. Na reestreia, no Maracanã, derrota por 1 a 0 para o Fluminense, com direito a pênalti perdido por Fábio Santos, o primeiro dele pelo Galo. Já nessa segunda-feira, o Alvinegro voltou a fazer gol, mas perdeu por 2 a 1 para o Ceará, no Castelão.
A série de partidas sem marcar gols fez o Atlético deixar de ter o melhor ataque do Campeonato Brasileiro, posto ocupado pelo Alvinegro em grande parte da competição. Agora, o Flamengo é o time que mais balançou as redes, seguidos por Galo e Palmeiras, empatados na segunda posição.
Nessa sequência de jogos, o Atlético deixou de se aproximar do G4 e viu o Santos encostar. No mesmo período, o time paulista somou dez pontos. A diferença, que era de nove pontos, agora está no número de vitórias, com uma a mais para o Galo. Na briga pela vaga na Copa Libertadores de 2019, pesa contra o time mineiro um confronto direto na Vila Belmiro, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
Mais do que números absolutos, o Atlético mostrou um futebol muito abaixo do apresentado no decorrer da competição. Pouco inspirada nas últimas partidas, a equipe alvinegra quase não ameaçou os adversários nesses confrontos.
O mês também marcou uma era de ‘azar’ no Atlético. Contra a Chapecoense, o gol saiu após uma tentativa de cruzamento que desviou em Gabriel e encobriu Victor. Contra o Fluminense, Fábio Santos deslocou o goleiro na cobrança do pênalti, mas acertou a trave. Já diante do Ceará, Iago Maidana foi afastar a bola com um chutão, mas acertou em Juninho Quixadá e a bola morreu nas redes do Galo.
O técnico Levir Culpi foi contratado para ajudar a levantar a moral do time alvinegro. O treinador, que já declarou que ainda não conhece todos os jogadores da equipe, tem pouco tempo para recuperar a equipe e levá-la à Copa Libertadores do próximo ano.
“O tempo é curto, mas você tem um objetivo muito interessante. O time pode ficar legal. É bom para todo mundo, atletas, comissão técnica, diretoria. É o que falo para os torcedores, a gente não pode desistir. A bola não está entrando. Estamos aquém do que podemos oferecer, ainda não conheço bem o elenco. O Atlético pode dar uma virada, pode conseguir a classificação. Eu acredito, sou o cara que menos duvida do Atlético. As coisas que vivemos aqui são quase inacreditáveis”, relembrou o treinador, que em sua última passagem, em 2014/2015, levou o time a grandes viradas e ao título da Copa do Brasil.
O Atlético precisa de recuperação rápida. No próximo sábado o Alvinegro recebe o Grêmio, no Independência, às 17h, e pode ter pela frente o adversário com o time reserva. É a chance de ouro que o time tem para mudar o rumo e seguir sonhando com a classificação para a Copa Libertadores.
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