O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, parece perder noites de sono neste período de quarentena e isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus. Com a paralisação do futebol no país e em diversas partes do mundo, os clubes começam a ver a luz vermelha se acender, principalmente pela falta de receitas.

Sem futebol, não há ganhos com bilheterias, vendas presenciais nas lojas oficiais, exposição das marcas de patrocinadores e parceiros, etc. A dura situação faz com que o medo de futuros atrasos salariais e, consequentemente, ações na justiça, bata à porta dos dirigentes.

“Os presidentes de clubes estão vivendo, talvez, o maior desafio de todas as suas gestões, que é manter os clubes de pé para, quando o futebol voltar, terem condições de terminar o ano normalmente”, relatou Sette Câmara em entrevista ao Globoesporte.com.

“Não temos absolutamente nenhuma receita. É trabalhar com um cenário incerto. Podemos voltar em julho, quem sabe antes, quem sabe em agosto. Então, e quando voltar, será que vai voltar com presença de público? Eu tenho que trabalhar com o pior cenário para podermos passar por esse período e atravessar o outro lado do túnel respirando”, acrescentou.

Ainda em entrevista ao GE, o mandatário do alvinegro fez um questionamento sobre a questão dos direitos federativos dos jogadores.

“O clube compra um jogador, na verdade ele compra direitos econômicos dos atletas e por isso você tem o mercado de compra e venda. O Atlético investiu em Arana, Savarino, Allan, Guga, Igor. São jogadores novos com grande valor de mercado. Se eu não tenho receita nenhuma, como vou fazer para pagar os salários desses atletas?”, perguntou.

“Estou aqui encontrando caminho para priorizar o pagamento de uma determinada faixa, que é baixa, para tentar manter em dia com a grande maioria dos nossos colaboradores, que são pessoas mais humildes. Vamos fazer de tudo para não atrasar os salários dos nossos funcionários. Agora, os salários dos jogadores ficam mais complicado de honrar, se continuar essa situação indefinida por muito tempo”, finalizou.

Agência Minas

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