Grandes parcerias entre garçons e artilheiros costumam marcar a história dos clubes. No Atlético, a sintonia entre a dupla Cazares e Fred impressiona pelos números expressivos na temporada. Com os dois gols marcados no clássico 500 contra o Cruzeiro, o centroavante alcançou a marca de goleador do Brasil, ao lado de Henrique Dourado, do Fluminense, com 22 gols. Já o armador equatoriano parece ter superado de vez a fase de adaptação ao futebol brasileiro e é cada vez mais protagonista na equipe alvinegra, tendo se tornado o maior responsável por assistências em 2017 no futebol brasileiro, segundo o Footstats.

A idade parece não diminuir o faro de gols do centroavante alvinegro de 33 anos, que, aos poucos, vai retomando o ritmo do início da temporada, quando balançou as redes 16 vezes em 15 partidas. Em média, Fred supera Henrique Dourado no ano. O camisa 9 do Galo chegou aos 22 gols em 29 jogos. O atacante do tricolor carioca precisou de 33 para alcançar a marca.

No duelo com o Cruzeiro, no Independência, Fred foi responsável por dois dos três gols do Galo. Porém, inicialmente teve dificuldades para vencer a marcação do adversário. Quando o Atlético melhorou na partida, já próximo do fim do primeiro tempo, o camisa 9 estava bem posicionado para vencer Fábio, após passe de Alex Silva.

No segundo tempo, a sintonia entre Fred e Cazares funcionou mais uma vez e o camisa 9 selou o placar. Após a partida, o goleador revelou que cobrou o time para que a bola chegasse ao equatoriano e a Robinho, para que eles pudessem armar as jogadas de ataque. Foi a quarta assistência do camisa 10 para o companheiro nesta temporada. “Eu, centroavante, estava dizendo desesperado: ‘toca a bola no Robinho, no Cazares, que se a bola chegar a esses caras, com certeza eu farei gol’”, contou Fred.

Roger Machado exaltou a fase vivida pelo artilheiro alvinegro que, além dos 22 gols, contabiliza cinco assistências. O treinador, no entanto, pediu para que o jogador – que tem se envolvido em expulsões por lances violentos – mantenha o foco na partida e tome cuidado com relação aos árbitros. Na visão do comandante atleticano, o goleador é visado por adversários e tem a vida complicada por interpretações da arbitragem.

“Ele é a última ponta do nosso setor ofensivo e tem constantemente se sacrificado em torno do coletivo. Sabe que é importante não só a parte decisiva dele como artilheiro, mas também sabe o que precisa coletivamente. Eu preciso dele sempre concentrado no jogo. O Fred paga em muitos jogos pelo passado que ele tem como líder dos times em que jogava e sempre foi muito visado pela arbitragem. No jogo passado, de 10 faltas que foram em cima dele a metade não era dada”, afirmou Roger. “É importante ter ele em campo sempre. E, mais do que isso, ter ele concentrado no jogo para que não permita que, por vezes, a falta de critério da arbitragem possa deixá-lo ansioso, nervoso e a gente perde o Fred e a tranquilidade que ele pode dar ao nosso time. É o nosso artilheiro e está em grande fase”.

ASCENSÃO

O Atlético contratou Cazares para a temporada passada e o armador equatoriano teve dificuldade na adaptação ao Brasil. Agora, parece que o meio-campista, de 25 anos, está totalmente focado em jogar futebol, se afastando de problemas extracampo, e o desempenho neste primeiro semestre já está próximo do feito alcançado em todo o ano de 2016, quando marcou 10 gols. Ele chegou a oito e acumula 14 passes para o Atlético balançar as redes em 2017.

Dupla infernal

Fred
22 gols em 29 jogos
5 assistências

Cazares
8 gols em 33 jogos
14 assistências

O Galo na temporada
71 gols em 38 jogos

Artilheiros do Brasil no ano

Fred
22 gols em 29 partidas

Média
0,75 gol por jogo

Henrique Dourado (Fluminense)
22 gols em 33 partidas

Média
0,66 por jogo

Superesportes

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