A noite desta quarta-feira foi de festa interminável à torcida do Flamengo. Na reabertura do Maracanã, com direito a ingressos esgotados e a uma grande atuação no segundo tempo, o time carioca atropelou o San Lorenzo e venceu por 4 a 0, na estreia da Copa Libertadores. Diego, com um gol marcado e participação direta nos outros três, foi o nome do confronto.
O resultado colocou o Flamengo na liderança do Grupo 4, com três pontos, dois a mais do que Atlético-PR e Universidad Católica, que empataram na estreia. O time carioca enfrenta a equipe chilena na próxima quarta-feira, fora de casa, mesmo dia em que o San Lorenzo recebe os paranaenses.
Em sua estreia na Libertadores, Zé Ricardo manteve o time base e repetiu a escalação da final da Taça Guanabara. Assim, Diego e Mancuello dividiam a armação e formavam um meio-campo ofensivo ao lado de Rômulo e Willian Arão, enquanto Everton e Paolo Guerrero atuavam no ataque.
O San Lorenzo, por sua vez, apostava na experiência de seus atletas, como o zagueiro Coloccini, ex-Milan e Newcastle, o meia Néstor Ortigoza e os atacantes Rubén Botta, com passagem pela Inter de Milão, e Nicolás Blandi, além do técnico Diego Aguirre.
E a experiência no futebol brasileiro de Aguirre, que treinou Internacional e Atlético, parece ter sido de grande valia. Mesmo com o estádio lotado e a grande expectativa em torno de sua estreia, o Flamengo iniciou o jogo pressionado pela boa marcação do San Lorenzo. Com o meio-campo fechado, Diego e Mancuello não tinham espaço. A equipe não corria riscos, mas também não criava.
Foi justamente em um contra-ataque aos 13 que o Flamengo criou sua primeira chance. Após saída rápida, Willian Arão avançou pelo meio e deu bom passe para Everton, que carregou sozinho até a entrada da área e bateu colocado, no canto. A bola, porém, com o goleiro já vencido, acertou a trave. O troco do San Lorenzo veio no minuto seguinte: Belluschi cobrou escanteio e Montoya cabeceou com perigo.
O jogo era difícil. E a torcida do Flamengo tomou um susto ainda maior aos 19, quando Mancuello sofreu choque de cabeça e caiu desacordado. O meia ainda retornou a campo, mas precisou ser substituído pouco depois por Berrío. Mudança, aliás, que dinamizou o ritmo do jogo.
Contando com a velocidade do atacante, o Flamengo descentralizou suas ações e passou a ser mais incisivo, principalmente até a entrada da área. Em uma de suas primeiras jogadas, Berrío carregou pela direita e cruzou rasteiro para Guerrero, mas o peruano não conseguiu girar. Era um bom retrato do duelo: se pecava na criação na primeira metade do primeiro, o time carioca não conseguia concluir com efetividade nos minutos finais.
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