Atlético de Cazares busca recuperação na Copa Libertadores (Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Vencer é obrigação. Nenhuma vez essa frase, tão repetida entre torcedores brasileiros, fez tanto sentido para o Atlético em 2019. Se quiser alimentar o sonho de avançar às oitavas de final da Copa Libertadores, o time alvinegro precisa derrotar o Zamora-VEN, nesta quarta-feira. A partida, válida pela terceira rodada do Grupo E, está marcada para 19h15, no Mineirão.
Nos primeiros compromissos da chave, o Atlético perdeu para Cerro Porteño-PAR (1 a 0, em casa) e Nacional-URU (1 a 0, no Uruguai). A campanha do Zamora também é de derrotas para paraguaios e uruguaios. Portanto, o jogo no Mineirão tem caráter decisivo para as duas equipes, que ainda não pontuaram na Libertadores e dividem a lanterna do grupo.
O líder da chave é o Cerro Porteño, que chegou aos nove pontos e manteve os 100% de aproveitamento após derrotar o Nacional por 1 a 0 nessa terça-feira, no Paraguai. Os uruguaios são na vice-líderes, com seis pontos.
“Precisamos estar muito bem focados para fazer um grande jogo e entender que não podemos falhar. Não podemos falhar mesmo. Precisamos do apoio do nosso torcedor, fazer um grande jogo, mas vencer acima de tudo. Esse é o principal objetivo, pois não podemos deixar escapar nem um ponto mais. Dentro disso, fazer com que o torcedor também possa desfrutar. Mas nosso principal objetivo é vencer, respeitando sempre o adversário”, disse Ricardo Oliveira.
O centroavante de 38 anos é o vice-artilheiro da competição, com quatro gols – todos marcados nas partidas anteriores à fase de grupos. Entretanto, a queda de desempenho de Ricardo Oliveira e do sistema ofensivo como um todo é a grande preocupação da equipe alvinegra. Afinal, o time não marcou nos últimos três jogos disputados pela Libertadores:
Atlético 0 x 0 Defensor-URU, em 27 de fevereiro, no Independência, pela volta da terceira fase
Atlético 0 x 1 Cerro Porteño-PAR, em 6 de março, no Mineirão, pela primeira rodada do Grupo E
Nacional-URU 1 x 0 Atlético, em 12 de março, no Nuevo Parque Central, em Montevidéu, no Uruguai, pela segunda rodada do Grupo E
Mistério
Como de praxe, a escalação do Atlético foi mantida sob sigilo pelo técnico Levir Culpi. O treinamento dessa terça-feira, que fechou a preparação para o duelo com o Zamora, não contou com a presença da imprensa. A expectativa, porém, é a manutenção da base da equipe que empatou sem gols com o Boa Esporte, pela semifinal
A principal dúvida é sobre a dupla de volantes. Zé Welison, Adilson (recuperado de dores no joelho direito que o tiraram dos três últimos jogos), Jair e Elias disputam as vagas. Outra vaga ainda indefinida é a ponta esquerda. Embora a tendência seja a manutenção de Maicon Bolt na posição, existem as possibilidades de Levir optar por Chará (de volta após servir a Seleção Colombiana) ou David Terans.
O adversário
Curiosamente, o Zamora terá duas partidas nesta quarta-feira. Às 17h (de Brasília), o rival será o La Guaira, em Caracas, pelo Campeonato Venezuelano. Os reservas serão utilizados nesse jogo, já que os titulares estarão em campo contra o Atlético, às 19h15, no Mineirão, pela Libertadores.
A tendência é que o Zamora mantenha a base da equipe que perdeu para Nacional e Cerro Porteño. Ao Superesportes, o analista de desempenho do Atlético, Lucas Gonçalves, avaliou o time venezuelano, que ocupa a vice-liderança do campeonato local.
“Os três jogadores de frente (Gallardo, Romero e Guillermo Paiva) são jogadores jovens, com bastante velocidade. O ponta-direita Gallardo é mais agudo, talvez o cara mais agudo do time deles. O Rojas, número 10, é um meia de origem, mas que também tem jogado como volante. É uma das referências técnicas, gosta de ter a bola o tempo inteiro para municiar os jogadores de frente”, detalhou.
Retrospecto positivo
O Atlético disputou quatro partidas contra venezuelanos na história. E o retrospecto é positivo: são quatro vitórias, com 12 gols marcados e nenhum sofrido. Essa história começou com goleadas sobre o Mineros-VEN, pela Copa Conmebol de 1995: 6 a 0 no Mineirão e 4 a 0 no Estádio Poliesportivo Cachamay, em Guayana.
O outro time venezuelano enfrentado pelo Atlético foi justamente o Zamora. No Grupo A da Libertadores de 2014, o time alvinegro venceu os dois confrontos por 1 a 0. O centroavante Jô foi o responsável por garantir as vitórias em BH e Barinas.
ATLÉTICO X ZAMORA
Atlético
Victor; Guga, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Welison e Adilson (Jair ou Elias); Luan, Cazares e Maicon Bolt (Chará ou Terans); Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi
Zamora
Graterol; Castro, Maldonado, De La Hoz e González; Hernández, Rojas e Ramírez (Soto); Gallardo, Romero e Guillermo Paiva
Técnico: José Ali Cañas
Motivo: terceira rodada do Grupo E da Copa Libertadores
Data e horário: quarta-feira, 3 de abril de 2019, às 19h15
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Gery Vargas (BOL)
Assistentes: José Antelo (BOL) e Edwar Saavedra (BOL)
Superesportes

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