(Imagem: Cruzeiro/Divulgação)

A atual cúpula do Cruzeiro tem feito o possível para ajudar o clube no quesito saúde financeira. No entanto, ainda esbarra em situações periclitantes da ‘herança maldita’ das últimas gestões. Uma delas, as dívidas na Fifa, que, de R$ 50 milhões, divulgadas no início deste ano, subiram para R$ 81,4 milhões, segundo documento apresentado pelo Conselho Gestor.

Sem condições de quitar esses pagamentos, os dirigentes da Raposa tentam convencer os clubes que acionaram a Fifa a prorrogarem os prazos finais estipulados. De acordo com o presidente do Conselho Gestor, Saulo Fróes, algumas negociações parecem promissoras, dentro de um cenário no qual a imagem do Cruzeiro segue arranhada.

“O Cruzeiro ainda sofre pela imagem dos dirigentes que fizeram isso (referindo-se às dívidas, acusações de lavagem de dinheiro etc). Temos gente séria tentando o acordo. Tivemos algum retorno de um ou dois clubes no sentido favorável, que aceitam negociar”, destacou Fróes, em entrevista ao programa Donos da Bola, da Band Minas.

As decisões não cabem mais recursos, já que a Raposa foi derrotada em última instância. Os celestes clamam então por uma compreensão dos outros clubes, em meio ao período de isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus.

“Estou otimista, o departamento jurídico tem feito um trabalho espetacular e incansável. Tenho certeza que há muitas chances de, principalmente nesta pandemia, conseguirmos prorrogar (os prazos). Não podemos pagar, porque não temos condição”, relatou Fróes, na mesma entrevista.

Ele revelou ainda uma possibilidade de buscar acordos favoráveis. “Vamos ter que criar alternativas, dar percentual de algum jogador de base ou mesmo de quem esteja jogando (no profissional). Claro que usando bom senso. E tentar negociar, porque não há outra alternativa. Alguns clubes não responderam ainda”, afirmou.

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