Foto: Site Oficial do Atlético-MG

No início da tarde, a surpresa: Otero e Adilson seriam titulares. Horas depois, a certeza de que a estratégia de jogar com três volantes funcionou. Num domingo em que o Independência recebeu o maior público desde que foi reaberto (22.411), o Atlético fez valer a vantagem assegurada no primeiro jogo, venceu o Cruzeiro por 2 a 1 e conquistou o 44º título do Campeonato Mineiro da história do clube.

Robinho abriu o placar logo no início da primeira etapa, amplamente dominada pelo Atlético. Ramón Ábila empatou no segundo tempo, em um belíssimo voleio. Mas Elias recolocou os donos da casa na frente e garantiu o título.

Além dos gols, a partida ficou marcada pela disposição do jogadores e, também, pelas expulsões. Adilson, pelo lado do Atlético, e Rafinha, do Cruzeiro, deixaram o gramado mais cedo.

O Atlético terá uma semana para comemorar e se recuperar dos festejos até voltar a campo. Neste sábado, a equipe enfrentará o Flamengo, no Maracanã, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

O Cruzeiro, por sua vez, jogará na quarta-feira. A equipe enfrentará o Nacional-PAR, no Paraguai, pela partida de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana. Na ida, vitória celeste por 2 a 1 no Mineirão.

O jogo

Os primeiros minutos da partida foram de poucas chances de gol e muito nervosismo. Aos 2’, Hudson já levou o primeiro cartão amarelo da partida. Mesmo fora de casa, o Cruzeiro tentava se impor, especialmente pelo lado direito. As investidas de Mayke e Thiago Neves, entretanto, esbarravam na marcação alvinegra.

Aos 8’, uma velha jogada do Atlético levou perigo: Marcos Rocha cobrou lateral na área, e Fred finalizou de carrinho para fora. Apenas quatro minutos depois, gol dos donos da casa. Robinho carregou a bola entre os meio-campistas do Cruzeiro e tocou para Fred. Do lado direito do ataque, o centroavante cruzou rasteiro. A bola passou por Caicedo e Leo antes de chegar limpa para o camisa 7, que só empurrou para a rede de perna direita. 1 a 0.

A reação do Cruzeiro ao gol foi tentar trocar passes. As duas linhas de quatro jogadores montadas por Roger Machado para defender, no entanto, eram mais eficientes. Nos avanços pelas laterais, o Atlético levava perigo. Mas foi pelo centro que Robinho quase marcou o segundo aos 28’. A bola até chegou a entrar – mas a arbitragem errou ao assinalar impedimento.

A primeira finalização do Cruzeiro só saiu após 36 minutos de bola rolando. De longe, Diogo Barbosa finalizou para fora. Aos 41’, o impedido Thiago Neves tocou de letra para fora. Sobis, nos acréscimos, levou perigo pela esquerda. Mas era pouco, e os 70% de posse de bola de nada adiantaram.

Mano Menezes resolveu ousar na volta para o segundo tempo: substituiu o volante Hudson pelo centroavante Ramón Ábila. E a estratégia deu certo já no começo. Aos 7’, Rafinha aproveitou espaço para cruzar na área. Ábila matou no peito e virou um belíssimo voleio para o gol. Empate do Cruzeiro: 1 a 1.

Aos 12’, mais um cruzamento perigoso. Da esquerda, Arrascaeta passou de meia altura para Thiago Neves. Sozinho, o meia arriscou um peixinho e cabeceou para fora. Os minutos seguintes foram de mais pressão do Cruzeiro, que conseguia criar oportunidades.

O Atlético voltou a levar perigo aos 23’, quando Cazares entrou no lugar de Robinho. No primeiro lance, o equatoriano driblou três marcadores e cruzou. Fred não alcançou. Na jogada seguinte, Marcos Rocha desarmou Rafael Sobis antes de fazer a transição ofensiva e tocar para Cazares, que encontrou Elias. Livre na direita, o volante fez valer o posicionamento mais ofensivo e encheu o pé para bater Rafael. 2 a 1.

O Cruzeiro tentou resistir, mas o Atlético voltou a ter maior controle da partida. Apesar de ter mais a bola, o time visitante não conseguia chegar mais com perigo e dava espaço para os mandantes. Aos 36’, Fábio Santos recebeu de Fred, bateu cruzado e levou perigo ao gol.

Minutos depois, o jogo esquentou de vez. Em lance polêmico, Adilson puxava contra-ataque quando, de acordo com o árbitro, sofreu falta de Rafinha. O jogador do Cruzeiro recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Após um princípio de confusão, foi a vez do próprio Adilson ser expulso. O volante impediu a passagem de Alisson, recebeu mais um cartão amarelo e deixou o gramado aos 42’.

Mas não havia mais tempo para muita coisa. Thiago Neves até tentou duas vezes de falta, mas parou em Victor. No fim, título do Atlético e festa da maioria presente no Independência.

ATLÉTICO 2 X 1 CRUZEIRO

ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Rafael Carioca, Elias (Danilo) e Otero (Maicosuel); Robinho (Cazares) e Fred.
Técnico: Roger Machado

CRUZEIRO
Rafael; Mayke, Leo, Kunty Caicedo e Diogo Barbosa; Hudson (Ramón Ábila) e Henrique; Arrascaeta, Thiago Neves e Rafinha; Rafael Sobis (Alison).
Técnico: Mano Menezes

Gols: Robinho, aos 12min do 1ºT e Elias, aos 23min do 2ºT (ATL); Ramón Ábila, aos 7min do 2ºT (CRU)
Cartões amarelos: Rafael Carioca, aos 27min e Adilson, aos 31min do 1ºT; Elias, aos 26min, Danilo, aos 39min e Adilson, aos 42 min do 2ºT (ATL); Hudson, aos 2min do 1ºT; Rafinha, aos 5min e aos 40min, Henrique, aos 40min do 2ºT (CRU)
Cartões vermelhos: Adilson, aos 42min do 2ºT (ATL); Rafinha, aos 40min do 2ºT (CRU)

Motivo: jogo de volta da final do Campeonato Mineiro
Estádio: Independência
Data: domingo, 7 de maio de 2017
Público: 22.411
Renda: R$ 1.602.000,00

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