Fonte: AFP/Eitan Abramovich

Só faltam duas rodadas para o fim das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018 e a Argentina ainda vive o drama e o medo de ter de assistir ao Mundial da Rússia pela TV. A situação poderia estar um pouco mais tranquila se Messi e companhia não ficassem apenas no empate de 1 a 1 com a fraca seleção da Venezuela em pleno Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na noite dessa terça-feira.

Murillo abriu o placar para os visitantes e deixou os argentinos em verdadeiro estado de choque. Feltscher, contra, ainda impediu o pior, mas todos se mostraram cientes da falta que pode fazer os dois pontos desperdiçados em casa diante do último colocado na tabela de classificação.

Vice-campeã em 2014, a Argentina encerra a 16ª rodada na quinta colocação, lugar que a levaria para a disputa com o campeão da Oceania por uma vaga na Copa do Mundo. Chile, com 23 pontos, e Paraguai, com 22, são os concorrentes mais próximos nesse instante. Já a Venezuela somou apenas seu oitavo ponto, o que pouco importou após apito final do árbitro nessa terça.

Com o quarteto formado por Di María, Messi, Dybala e Icardi, a Argentina sabia que precisava encarar a lanterna da competição com total seriedade. A vitória era fundamental e o fato dos visitantes não carregarem nenhuma pressão poderia atrapalhar.

A ideia, então, foi explorar ao máximo o lado esquerdo do ataque. Por ali, os argentinos criaram as melhores chances no primeiro tempo. Companheiro de Neymar no PSG, Di María fez um verdadeiro Carnaval com seus marcados, mas as jogadas acabaram mal finalizadas.

Sem chutar a gol, os venezuelanos se davam por satisfeito ao não deixar Messi construir suas principais jogadas. Depois de tanta cera, os visitantes foram para o intervalo com o 0 a 0 no placar.

Na segunda etapa, a situação, que já era dramática para o Argentina, ficou tensa. Otamendi deu bote errado em contra-ataque na Venezuela e Murillo saiu na cara de Romero. Com um toque de bico, a lá Romário, o jovem abriu o placar em Buenos Aires.

Quatro minutos depois, apesar de sentir o golpe, a Argentino aliviou parcialmente seus torcedores com um gol de empate. Feltscher, contra, desviou cruzamento da esquerda e empurrou a bola para as próprias redes.

Hora de Jorge Sampaoli ir para o tudo ou nada. Acuña, Benedetto e Pastore substituíram Di María, Dybala e Icardi. Feliz da vida com o resultado histórico, os venezuelanos se fecharam ainda mais e fizeram cada lateral, tiro de meta ou falta a seu favor se transformar em uma eternidade para os Hermanos, tão famosos pela catimba. E assim foi até o fim, quando as vaias tomaram conta do estádio Monumental de Nuñez.

As duas últimas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas serão decisivas para a Argentina. Enquanto a Venezuela, já eliminada, fechará sua participação contra Uruguai, em casa, e Paraguai, fora, os argentinos enfrentarão o Peru, de novo em Buenos Aires, e o Equador, em Quito, na última cartada para não ficar de fora da Copa do Mundo. Os jogos estão marcados para acontecer dias 5 e 10 de outubro, respectivamente.

ARGENTINA 1 X 1 VENEZUELA

ARGENTINA

Romero; Mascherano, Fazio e Otamendi; Acosta, Pizarro, Banega e Di María (Acuña); Messi, Dybala (Benedetto) e Icardi (Pastore)

Técnico: Jorge Sampaoli

VENEZUELA

Wuilker Faríñez; Victor Garcia, Chancellor, Villanueva e Feltscher; Figuera, Yangel Herrera, (Colina) Cordova (José Velázquez), Murillo e Moreno; Rondón (Josef Martínez)

Técnico: Rafael Dudamel

Local: Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina)

Data: 5 de setembro de 2017, terça-feira

Árbitro: Roberto Tobar (Chile)

Assistentes: Marcelo Barraza e Claudio Rios (ambos do Chile)

Cartões amarelos: ARGENTINA: Bonega, Acosta, Otamendi. VENEZUELA: Chancellor, Villanueva, Feltscher, Figuera, Herrera

GOLS: Murillo, 5min, Feltscher (contra), aos 9 do 2ºT

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