O clássico desta quinta-feira, às 21h, no Independência, pela 10ª rodada, será fundamental para as pretensões de América e Atlético no Campeonato Brasileiro até a parada da Copa do Mundo. Os arquirrivais estão em momentos diferentes. Mandante desta noite, o Coelho é o 11º, com 13 pontos, e busca a segunda vitória seguida para voltar a se aproximar do G4. Um posto à frente na tabela, com 14 pontos, o Galo já não vence há três rodadas e vive um momento de crise, principalmente entre diretoria e torcida. Nesse cenário, só a vitória no Horto pode amenizar a pressão e dar tranquilidade para a sequência.

Depois de duas derrotas seguidas para São Paulo e Corinthians, o América conquistou uma grande virada sobre o Atlético-PR, no Horto, e retomou a confiança. Um triunfo diante da torcida é o que o time precisa para voltar a marcar território na parte de cima da tabela.
Apesar de estar um ponto e uma posição acima, o Atlético vive um momento conturbado: vem de derrotas para Flamengo e Sport, e empate contra a Chapecoense. Na terça-feira, cerca de 50 torcedores, a maioria de uma organizada, foram à porta da sede de Lourdes, em Belo Horizonte, para pedir a saída do diretor de futebol Alexandre Gallo, cobrar reforços do presidente Sérgio Sette Câmara e comprometimento dos jogadores, principalmente o volante Elias e os meias Luan e Cazares. O técnico interino Thiago Larghi foi poupado no protesto.
Entre as diretorias de América e Atlético, o clima é tenso desde a disputa do Campeonato Mineiro, marcado por arbitragens polêmicas nos clássicos e bate-bocas na imprensa ou nas redes sociais. Esse “reencontro” pelo Brasileiro gerou retaliações. Na condição de mandante, a cúpula americana cedeu ao rival apenas 9,8% da carga de ingressos, o que representa 2.218 unidades. Em duelos anteriores como visitante, o Atlético teve sete mil bilhetes.
Até a noite dessa quarta-feira, cerca de 3.500 americanos e 1.500 atleticanos haviam garantido presença no Independência, que tem capacidade para 22.452 torcedores.
América
O América começou a disputa tendo como meta garantir a permanência na elite nacional. Mas por que não sonhar mais alto? Até aqui, em nove rodadas, o time cumpriu um bom papel em casa e venceu quatro dos cinco jogos que fez no Independência. Se derrubar o Atlético, o Coelho chega a 16 pontos e pode ficar entre os seis primeiros.
Em relação ao time que entrou em campo na vitória sobre o Atlético-PR, Enderson Moreira perdeu o lateral-esquerdo Carlinhos, com uma luxação no ombro esquerdo. Giovanni volta à condição de titular. O treinador também ganhou reforços para montar a equipe: Leandro Donizete se recuperou de edema na coxa direita, enquanto Luan está à disposição após cumprir suspensão. O comandante ainda não conta com a volta de Rafael Moura, com entorse pélvica. Judivan é opção no setor ofensivo.
“São opções que estamos sempre tentando desenvolver. Os extremos hoje são os jogadores mais requisitados fisicamente, porque, além de ter a capacidade de atacar, eles também precisam defender, recompor, funcionar até como uma espécie de terceiro volante. Então, certamente é a posição em que mais vezes mexeremos no ano. É um setor onde a exigência é enorme, então os atletas, em determinado momento, podem não conseguir fazer uma sequência de cinco, seis jogos em um curto período. Portanto, dentro da minha concepção, é previsível que possa ocorrer uma alternância grande nessa posição”, comentou Enderson.
Atlético
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A fase do Atlético não é boa. O time só pensa na reabilitação. Pensando nisso, o interino Thiago Larghi fez mudanças no time. O zagueiro Leonardo Silva e o lateral-direito Patric, que ficaram fora dos últimos quatro jogos, retomaram a titularidade. Os jovens Bremer e Emerson deixam a equipe.

Nesta semana, Larghi resolveu abrir os treinos para a imprensa na Cidade do Galo. Nas atividades, ele confirmou retorno de Adilson na vaga de Elias. A última mudança é forçada. Fábio Santos, suspenso, dá lugar ao recém-contratado zagueiro Juninho. O estreante atuará improvisado na lateral esquerda.
Enquanto a defesa passa por ajustes e mudanças, o ataque é a esperança para vencer o clássico. Os números o colocam como o quarto melhor do Brasileiro, com 14 gols. O setor conta com os inspirados Róger Guedes (6 gols) e Ricardo Oliveira (4 gols).
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