Alguns estabelecimentos comerciais já aceitam moedas digitais como opção de pagamento

A forma de pagamento será em dinheiro, crédito ou débito? Nenhuma das opções. Será em ‘Wibx’. Pois é, fazer compras com criptomoedas já é realidade em um supermercado do interior de São Paulo.

“É uma forma de pagamento muito próxima do pix. Ele [o cliente] vai chegar no caixa, vai se pronunciar que vai utilizar essa forma de pagamento”, conta o gerente do estabelecimento, Jeferson Marques.

Já habituada a realizar pagamentos usando a moeda digital, por meio de um aplicativo, a publicitária Fabiana Galvão conta que aderir ao universo das criptomoedas não é tão complicado como se pensa. “É bem dinâmico, bem intuitivo. Aparece o QRCode na tela, e você escaneia o QRCode, já faz o pagamento na hora”, diz ela, demonstrando no celular.

O grupo que controla a rede de supermercados não só fez a loja passar a aceitar essa criptomoeda como investiu na startup responsável pela Wibx. Foram R$ 15 milhões de aporte para ampliar as operações, que incluem uma plataforma para pagamentos.

Esse supermercado não é uma exceção, muito pelo contrário. O uso de moedas digitais como forma de pagamento tem se tornado cada vez mais comum em lojas, restaurantes e até mesmo serviços.

A mudança ilustra um movimento do mercado brasileiro em se se adaptar ao crescimento do número de investidores em moedas digitais: entre 2015 e 2021, o aumento foi de 316%. “Já tem mais de 3 milhões de investidores no Brasil que hoje têm criptomoeda no seu portfólio, e é natural, uma vez que você tem um ativo que tem valor, você queira usar ele como meio de troca”, justifica o CEO de uma corretora que trabalha com criptomoedas, João Canhada.

O especialista explica ainda que as criptomoedas se tornaram mais populares depois que as taxas sob transações despencaram. “Você pagaria cerca de 20, 50, até US$ 100 por transação, para enviar qualquer valor, hoje você consegue enviar bitcoin de carteira A para B pagando algum milésimo de centavo de real”, acrescenta Canhada.

As criptomoedas também já fazem parte da rotina de um restaurante da capital paulista. “A gente usava muito dinheiro, migrou para o cartão de crédito; hoje, o cartão já está digital. A tendência é que a moeda ela passe a ser utilizada, provavelmente, com muito mais frequência como forma de pagamento”, afirma o gerente de marketing, Lauro Mani.

Os clientes aprovaram a adesão. “Eu confio plenamente em cripto. Já fiz pagamento no Brasil e fora do Brasil, sem nunca ter problema. A aceitabilidade tem sido muito grande. É o futuro… ou o presente”, diz um dos frequentadores do restaurante, Roberto Alves.

 

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