Meta é vacinar 95% das crianças menores de 5 anos e atualizar a caderneta de vacinação dos menores de 15

O Ministério da Saúde lançou, neste domingo (7.ago), em São Paulo, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022. As vacinas estarão disponíveis, em cerca de 40 mil postos, em todo o país, a partir desta 2ª feira (08.ago) até 9 de setembro. Está previsto para 20 de agosto, o Dia D de Mobilização Nacional.O objetivo é vacinar pelo menos 95% das crianças de um a menores de 5 anos, um universo de mais de 14 milhões de crianças.

 

Além da vacina contra a polio, a estratégia da campanha é atualizar a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade, conforme situação vacinal, e colocar em dia as vacinas atrasadas, inclusive a da Covid.

 

No lançamento da campanha, na manhã deste domingo, na Avenida Paulista, ao lado do Zé Gotinha e de secretários e autoridades da pasta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu aos pais e responsáveis que levem suas crianças para tomar o imunizante. “É inaceitável que hoje, no século 21, cem anos depois do esforço extraordinário de Oswaldo Cruz para introduzir esses conceitos sanitários no Brasil, nós tenhamos ainda crianças com doenças que podem ser evitáveis por vacinas”, disse Queiroga, que vacinou uma criança no evento.

Ministro Queiroga vacina criança no lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação | Reprodução

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, também chamou atenção para a importância dos imunizantes e disse que “vacinar é um ato de amor”. “A poliomielite foi erradicada da nossa região há muitos anos, talvez muitos de nós aqui nunca vimos um paciente com polio. Mas precisamos garatir que a cobertura vacinal, que vem caindo a cada ano, ela possa ser recuperada, para que possamos impedir que esse vírus volte a circular em nossa população”, frisou o secretário.

A polio está erradicada no Brasil há mais de 30 anos, mas o vírus voltou a circular em países como Israel e Moçambique. E as taxas de cobertura vacinal vêm caindo nos últimos anos no país. No ano passado, menos de 70% do público-alvo foi vacinado, segundo o Ministério da Saúde. Este ano, nem metade das crianças que precisam tomar a primeira dose da vacina foi aos postos.

A vacinação infantil é obrigatória, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cobertura vacinal de pelo menos 95% da população infantil.

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